No apagar das luzes de 2020, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre fez uma derradeira tentativa de votar o impeachment do prefeito Nelson Marchezan, cujo mandato termina em duas semanas. A Câmara entrou com recurso para que a desembargadora Marilene Bozanini reconsiderasse a decisão que havia determinado a suspensão do processo de impeachment.
Em vez de decidir monocraticamente, a desembargadora decidiu submeter o agravo aos demais integrantes da 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça. Por unanimidade, os colegas acompanharam o voto de Marilene.
Como o prazo de 90 dias para votação do impeachment terminou sem que tivesse sido apreciado, a Câmara decidiu manter o julgamento, alegando que deveriam ser descontados os dias em que o processo esteve parado por força de decisões judiciais. A desembargadora entendeu que não e acatou o argumento da defesa de que as liminares foram concedidas para corrigir erros da comissão de impeachment, que atropelou o princípio da ampla defesa.
Com a extinção do processo, Marchezan está livre de uma ameaça que pairava sobre sua cabeça: a de perder o mandato em um julgamento político e ficar inelegível por oito anos.
Do ponto de vista político, os autores do pedido de impeachment e os políticos que fomentaram o processo atingiram seu objetivo. Desgastado e com a Câmara sinalizando que o voto nele poderia ser perdido, Marchezan acabou ficando fora do segundo turno da eleição municipal.]
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