Jornalista formada pela PUCRS, colunista de Política de ZH e apresentadora do programa Gaúcha Atualidade, na Rádio Gaúcha.

Transferência de eleitores

Melo herda maioria dos votos que foram para Marchezan no primeiro turno, diz pesquisa Ibope

Candidato do MDB cresceu 23 pontos entre o resultado do primeiro turno e a pesquisa; Manuela subiu 17%

Rosane de Oliveira

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De acordo com a primeira pesquisa Ibope do segundo turno em Porto Alegre, dos eleitores que declararam ter votado no prefeito Nelson Marchezan (PSDB) no primeiro turno, 84% disseram que votarão em Sebastião Melo (MDB) no segundo turno e 9% em Manuela D’Ávila (PCdoB). Entre os eleitores de Melo, 92% indicaram que repetirão o voto e 7% disseram que, agora, optarão por Manuela. Já entre os eleitores de Manuela, 100% responderam que repetirão o voto na candidata.

Com os apoios que cada candidato recebeu dos derrotados no primeiro turno, o resultado global do Ibope já indicava que os votos dados a Marchezan (que decidiu ficar neutro) migraram majoritariamente para Melo.

O candidato do MDB cresceu 23 pontos entre o resultado do primeiro turno e a pesquisa. No primeiro turno, Marchezan fez 21,07% dos válidos e ficou em terceiro lugar. Melo ganhou o apoio de Valter Nagelstein (PSD), João Derly (Republicanos)  e Gustavo Paim (PP), que, juntos, fizeram cerca de 7%. 

O PSDB, que havia anunciado a neutralidade, também anunciou que está com o candidato do MDB. 

Manuela, por sua vez, cresceu 17 pontos, se comparar o percentual da urna com o da pesquisa. Ganhou o apoio de Juliana Brizola (PDT) e de Fernanda Melchionna (PSOL), que, juntas, fizeram 10,75% no primeiro turno. O restante dos votos obtidos vem majoritariamente de Marchezan.

Leite tem a melhor avaliação

Aos olhos dos porto-alegrenses, o governador EduardoLeite faz um governo melhor do que o prefeito Nelson Marchezan e o presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a pesquisa do Ibope, entre os três, Leite é o que tem maior percentual de bom e ótimo (33%) e o menor de ruim e péssimo (25%).

Marchezan, que não se classificou para o segundo turno, soma 25% de bom e ótimo e 36% de ruim e péssimo, mas 59% responderam que desaprovam seu governo e 34% aprovam.

Já Bolsonaro tem 26% de bom e ótimo 53% de ruim e péssimo. Isso explica, em parte, por que os candidatos que se associaram à imagem do presidente tiveram resultados tão pífios.

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