O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
A discussão sobre qual candidato apoiar no segundo turno da eleição de Porto Alegre abriu um dissenso no PSB. A executiva municipal decidiu, em votação na terça-feira (17), se aliar a Sebastião Melo (MDB), mas a direção nacional do partido não gostou da decisão e trabalha para impedir o embarque na candidatura do emedebista e levar a sigla ao bloco de apoio à candidatura de Manuela D'Ávila (PCdoB).
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, telefonou ao presidente municipal do PSB, Antônio Elisandro de Oliveira, e ao estadual, Mário Bruck, pedindo que o partido direcionasse o apoio à candidata do PCdoB. Nesta quarta-feira (18), uma nova reunião foi realizada pela direção local, mas não houve mudança na posição do órgão municipal.
Internamente, a ala de filiados que defende a adesão a Melo acredita que o deputado tem mais chances de sair vitorioso na eleição e sustenta que o PSB deve reforçar o distanciamento do PT no Estado.
Os militantes favoráveis à aliança com Manuela argumentam que o partido não pode se unir a uma chapa que reúne admiradores do presidente Jair Bolsonaro e que, ideologicamente, Manuela está mais próxima da legenda.
Com isso, uma reunião da direção nacional do PSB marcada para a noite desta quinta (19) deve homologar o apoio do partido à chapa de Manuela, a contragosto de boa parte dos filiados e dirigentes. Pelo estatuto partidário, a última palavra sobre alianças nas capitais é da executiva nacional.
Antes da definição, a deputada federal Liziane Bayer e a irmã, a deputada estadual Franciane Bayer, abriram apoio a Melo no Twitter.
Embora tenha raízes na centro-esquerda, o PSB fez movimentos ao centro nas últimas eleições municipais e estaduais no Rio Grande do Sul. Em 2014 e 2018, apoiou a candidatura de José Ivo Sartori (MDB) ao governo do Estado. Na última campanha municipal, em 2016, o partido esteve na coligação de Melo, que foi derrotado no segundo turno.
Nesta eleição, seguindo tendência da legenda nacionalmente, de se aproximar do PDT, fechou apoio à candidatura de Juliana Brizola no primeiro turno, indicando Maria Luiza Loose como candidata a vice. A chapa terminou em quarto lugar, com 6,4% dos votos válidos.
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