Ex-secretário estadual da Educação, ex-vice-prefeito e ex-prefeito de Porto Alegre, o candidato a prefeito pelo PTB, José Fortunati, mostrou na sabatina a que foi submetido nesta sexta-feira (6) que conhece bem os problemas da área e as dificuldades para vencê-los.
Último entrevistado da série Diálogos Educação Já Municípios em Porto Alegre, parceria de ZH com o movimento Todos pela Educação, Fortunati apontou a retomada das aulas em meio à pandemia como seu primeiro desafio, caso seja eleito para mais um mandato. A preocupação é dar segurança alunos, pais e professores para a volta às salas de aula.
As soluções viriam por meio de um gabinete de enfrentamento da pandemia na educação, formado por pais, professores, servidores, alunos, Ministério Público, Conselho Tutelar e representação da Câmara de Vereadores. Fortunati deixou claro que o calendário escolar terá de ser revisto e que os anos de 2020, 2021 e, talvez, 2022 terão de ser tratados de forma conjunta.
O candidato reconhece as deficiências da rede de internet e a carência de equipamentos para que os alunos da rede municipal tenham aulas produtivas em modo remoto. A fonte de recursos para financiar a expansão da internet seria o Banco Mundial, processo que não se faz do dia para a noite:
— Nós temos que fazer com que o sistema de internet nas escolas possa ser reforçado para a região do entorno, permitindo amplo acesso para a comunidade escolar de forma gratuita. Isso é possível, a tecnologia existe, basta buscarmos esses recursos que o Banco Mundial facilita esse financiamento.
Ciente de que o desempenho dos alunos da rede municipal precisa melhorar, Fortunati diz que é preciso identificar o que não está funcionando, já que Porto Alegre tem professores capacitados, com boa remuneração, e escolas com estrutura adequada, mas as respostas são diferentes de uma para outra. Como todos os adversários do prefeito Nelson Marchezan, Fortunati aponta o diálogo como a palavra mágica para resolver os conflitos entre a prefeitura e os professores.
Por conhecer as limitações do orçamento, o candidato diz que é impossível zerar o déficit de vagas na educação infantil, estimado em 6 mil, de uma hora para outra:
— Nós acreditamos que a cada ano é possível criar em torno de 1,5 mil novas vagas. Ou seja, não conseguiríamos, vamos deixar de maneira muito clara, concluir o governo preenchendo as 6 mil vagas. Mas, pelo nosso cálculo, com os pés no chão, chegaríamos ao final do nosso mandato com 5,8 mil vagas abertas. E obviamente, daqui a pouco, com parcerias público-privadas, doações, é possível chegar ao final de quatro anos com preenchimento total de vagas.
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