O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Em despacho publicado no Diário Oficial, a comissão processante criada para analisar o pedido de impeachment de Nelson Marchezan marcou para as 9h desta sexta-feira (23) o depoimento do prefeito ao colegiado. No documento, o presidente da comissão, vereador Hamilton Sossmeier (PTB), escreveu que, a partir da publicação, Marchezan está "notificado e cientificado da data e horário aprazados".
Apesar da determinação, o prefeito ainda não confirmou se comparecerá à sessão. À coluna, Marchezan disse que está tratando de temas relacionados à gestão municipal, como a parceria público-privada da iluminação pública e o dissídio de entidades conveniadas com a prefeitura na área social, e que não avaliou o assunto.
— Ainda não sentei pra ver quando é. Mas vou ter que parar para ver em que pé está o impeachment — relatou o prefeito.
A comissão solicitou que, caso o depoimento seja prestado por videoconferência, seja informada em "tempo hábil" .
Também via Diário Oficial, Sossmeier aceitou o pedido da defesa de Marchezan para ouvir o secretário da Saúde, Pablo Stürmer, e do deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), determinando que eles sejam ouvidos nesta quinta-feira (22), às 17h e às 19h, respectivamente.
Stürmer e Moreira foram duas das cinco testemunhas listadas pelo prefeito que não haviam sido ouvidas pela comissão. Ao todo, 10 pessoas foram arroladas pela defesa.
O presidente da comissão, no entanto, não aceitou a solicitação dos advogados de Marchezan para que as outras três testemunhas, que são adversários políticos do prefeito, também prestem depoimento à comissão. São eles: o ex-prefeito e candidato à prefeitura José Fortunati (PTB), o deputado federal Maurício Dziedricki (PTB) e o ex-diretor do antigo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) Tarso Boelter, recém saído do PP.
Na quarta-feira (21), uma sentença judicial determinou que a comissão processante terá de ouvir os autores do pedido de impeachment do prefeito.
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