O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Embora tenham votado a favor do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021, as bancadas do PT e do PSOL na Assembleia criticaram pontos do texto em declaração de voto. O documento menciona a “concepção neoliberal de Estado” do governo Leite e lembra que o funcionalismo, com exceção da área da Segurança, completará sete anos sem reajuste salarial.
No texto, os líderes Luiz Fernando Mainardi (PT) e Luciana Genro (PSOL) atribuem o voto favorável a “circunstâncias extraordinárias”, como a pandemia de coronavírus e o acordo entre poderes para o congelamento das despesas.
"A Bancada do Partido dos Trabalhadores e a Bancada do Partido Socialismo e Liberdade têm como responsabilidade acompanhar e fiscalizar atentamente a execução do orçamento e das ações públicas, especialmente as estaduais, além de cobrar as ações necessárias para o combate às consequências sociais e econômicas advindas da atual conjuntura. Todos nossos esforços estão voltados para que a população gaúcha não sofra mais do que o inevitável com os resultados da própria pandemia", escreveram Mainardi e Luciana.
O texto da LDO foi aprovado na Assembleia na quarta-feira (15), com 53 votos favoráveis e nenhum contrário. Por acordo entre o Executivo e os demais poderes e órgãos autônomos do Estado para manter o mesmo orçamento de 2020, o texto prevê déficit de R$ 7,9 bilhões no próximo ano.