O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Entre as medidas incluídas na proposta de reforma tributária, o governo do Estado pretende encaminhar à Assembleia um projeto que reajusta o IPVA. A alíquota, atualmente em 3% sobre o valor venal, passaria para 3,5% no caso de automóveis e camionetes. Para caminhões e ônibus, o percentual atual, de 1%, continuará o mesmo, assim como para motocicletas, que pagam 2%.
A isenção do imposto, válida atualmente para veículos com 20 anos ou mais de fabricação, beneficiaria apenas aqueles produzidos há 40 anos ou mais. A desoneração por valor mínimo do IPVA, hoje concedida a veículos que pagariam até quatro unidades padrão fiscal (UPFs), seria reduzida para até uma UPF - o equivalente a R$ 20,29.
Além disso, o governo pretende obrigar, via lei estadual, o emplacamento obrigatório no Rio Grande do Sul dos veículos que circulam no Estado.
Com as mudanças, o total da frota emplacada no Estado que não paga o imposto cairia de 46% para 25%.
O Piratini ainda pretende reduzir os incentivos concedidos para motoristas sem infrações de trânsito, o chamado desconto do Bom Motorista.
A redução do custo do IPVA cairá de 15% para 5% para quem passar três anos sem multas e de 10% para 3% para os motoristas que ficarem dois anos sem registros de infração. Para quem estiver a pelo menos um ano sem multas, o desconto, atualmente em 5%, passará para 2%.
Outro ponto da proposta prevê a extensão da isenção já existente para carros elétricos e para os veículos híbridos até 2023. Também está prevista a isenção por dois anos para a compra de ônibus e caminhões novos até 2023. O benefício será de quatro anos para ônibus com características de biossegurança.
Outras isenções vigentes, para táxis, lotações, transporte escolar e veículos de instituições sociais, não serão modificadas.
Com todas as alterações no IPVA almejadas, o Piratini pretende arrecadar R$ 744 milhões a mais a partir do ano que vem.