Sempre que se aproxima o 4 de maio, um grupo de profissionais de Zero Hora, entre os quais me incluo, pergunta a seus editores: “Para onde eu vou neste ano?” Não importa se nosso destino é a Fabico, da UFRGS, onde se pode ir caminhando, ou a distante São Borja, na Fronteira Oeste, é sempre uma viagem. O que nos empolga é a oportunidade de conversar com jovens que logo ali serão nossos colegas, discutir o futuro da profissão, ouvir suas inquietações, aprender com eles.
Neste ano não haverá viagens, nem visita à PUCRS, tão próxima em todos os sentidos. Foi lá que estudei e sempre me emociono quando volto à Famecos de tão boas lembranças.
A pandemia que nos obrigou a trabalhar de casa nos impede de viajar para visitar as faculdades. Em 2021, teremos muito a contar sobre essa experiência. Há três meses, se alguém dissesse que faríamos a ZH sem nenhuma pessoa na redação, eu diria que era impossível. Há 50 dias, quando nossa diretora Marta Gleich me chamou para avisar que no dia seguinte eu passaria a trabalhar de casa, imaginei que seriam poucos dias. A redação foi se esvaziando até que não restou ninguém. ZH impressa e GaúchaZH estão sendo feitas 100% em modo remoto.
Contei um pouco da nossa rotina em live pelo Instagram com alunos da Unicruz, com mediação da professora Margarete Ludwig, também eles assistindo e participando de casa. Foi uma experiência enriquecedora conversar com futuros colegas sobre o desafio do jornalismo em tempos de pandemia.
Agora já não temos ideia de quando será possível voltar. Nesta segunda-feira (4) não teremos bolo na redação para celebrar o aniversário de ZH. Dessa história de 56 anos, participo da metade. Em julho, serão 28 anos de endereço profissional na Ipiranga com a Erico Veríssimo, acompanhando a marcha da História pelo ponto de vista da política.
Neste aniversário, quero agradecer aos leitores que nos acompanham nessa jornada. Vida longa a nossa ZH e a vocês que fazem parte dessa história.