O decreto publicado pela prefeitura de Porto Alegre no final da tarde desta terça-feira (19) confirma, nos detalhes, o que a coluna adiantou na véspera: a liberação, com restrições, de bares, restaurantes, shopping centers, academias de ginástica, museus, bibliotecas e igrejas.
Em relação aos bares, que pelo decreto do governo estadual não poderiam funcionar nas regiões de bandeira laranja, o prefeito Nelson Marchezan diz que não se trata de desobediência, mas de interpretação.
— Respeitada a ocupação de 50% da capacidade prevista no alvará ou no PPCI e a distância de dois metros entre um cliente outro, não há diferença entre bar e restaurante, se ambos servirem comida.
O raciocínio do prefeito faz sentido. Se a lei autoriza o funcionamento de um restaurante que serve almoço e jantar, por que não permitiria a abertura de um bar em que o cliente pode comer um sanduíche ou um prato de batatas fritas?
Também os supermercados deverão respeitar o limite de 50% da capacidade. No caso das igrejas, prevaleceu o entendimento de que o número de fiéis não deve exceder a 30, independentemente do tamanho do templo.
— Há templos com capacidade para até 4 mil pessoas. Se permitíssemos a ocupação de 30% dos lugares, haveria aglomeração. Isso pode mudar no futuro, mas, por enquanto, preferimos a cautela — diz Marchezan.
Seguem fechadas as escolas, casas noturnas, teatros, cinemas e casas de shows.