O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Em viagem a Buenos Aires, os deputados Frederico Antunes (PP) e Fábio Branco (MDB) se reuniram com o futuro embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, e com o embaixador brasileiro no país vizinho, Sérgio Danese, para discutir a implementação de um voo entre a capital argentina e a cidade de Uruguaiana, na Fronteira Oeste.
Tanto Scioli quanto Danese gostaram da ideia, que depende de um acordo para a definição de tarifas e da rota como doméstica, apesar de partir de um país e chegar em outro. O pouso seria no Aeroparque de Buenos Aires.
– Serviria a toda a parte Oeste do Estado e também à província de Corrientes. A integração permitiria usar a estrutura como benefício para ambos — pondera Frederico, citando como exemplo os voos entre Porto Alegre e Santana do Livramento, que pousam no aeroporto de Rivera, no Uruguai.
Nas reuniões, os gaúchos mencionaram também o projeto de construção de um gasoduto ligando Uruguaiana a Porto Alegre, que existe desde a década de 1990 e permitiria conectar a produção argentina à malha brasileira. O Banco de Desenvolvimento da América Latina (antiga Corporação Andina de Fomento) já manifestou interesse em financiar a obra, que custaria cerca de US$ 600 milhões.
Além de Frederico e Branco, participaram da reunião com Danese os ex-ministros Eliseu Padilha e Odacir Klein, o ex-secretário Cezar Schirmer e o prefeito de Gravataí, Marco Alba.
Aliás
A chegada do gás argentino à região metropolitana ampliaria a oferta de energia às indústrias gaúchas e estabeleceria uma concorrência de preço com o gás boliviano.
