Com maioria governista, a CPI criada para investigar supostas irregularidades na gestão de Nelson Marchezan deve tomar novo rumo na volta do recesso. Vereadores que integram a base de apoio do prefeito tentarão fazer da comissão um palco para elucidar a autoria do pedido de impeachment apresentado em agosto do ano passado.
Para isso, convocarão os vereadores Mônica Leal e Ricardo Gomes (ambos do PP) para depor e cobrarão explicações sobre o suposto envolvimento na produção do pedido. Os ex-diretores da Câmara André Flores e Carlos Fett Paiva Neto também serão convocados.
Mônica e Gomes negam participação na formulação do pedido de impeachment, que acabou rejeitado com os votos do PP.
Autor do pedido de impeachment contra Marchezan, o biólogo Cláudio Francisco Mota Souto, que é filiado ao PP, será ouvido no dia 6 de fevereiro. Ele já enviou uma carta ao presidente da CPI, Roberto Robaina (PSOL), indicando que apenas subscreveu o documento, sem conhecer o conteúdo.
Robaina garante que não deve se opor à convocação de novos depoentes para a CPI, mas ressalta que a formulação do pedido de impeachment “é um problema do governo” e que a investigação não deve fugir de seu foco inicial. Segundo ele, a CPI vai até a metade de março, mas pode ser prorrogada por mais dois meses.