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Os vereadores de Porto Alegre rejeitaram, por 22 votos a 11, a admissibilidade pedido de impeachment do prefeito Nelson Marchezan, protocolado na última quarta-feira (21). Pelo resultado, o pedido, que acusava Marchezan de nepotismo e outros sete crimes de responsabilidade, será arquivado. Veja abaixo como votou cada vereador.
A presidente da Câmara Municipal, Mônica Leal (PP), chegou a abrir a votação no painel eletrônico, mas um problema no sistema fez com que os votos fossem tomados nominalmente pelo primeiro secretário, Alvoni Medina (PRB).
Os vereadores Mendes Ribeiro (MDB) e Ricardo Gomes (PP) não compareceram à sessão. Como presidente, Mônica não votou - o faria somente em caso de empate.
Embora o pedido de impeachment não tenha prosperado, o prefeito não escapará de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos de seu governo que embasaram o documento submetido à Câmara.
Discussão entre vereadores
No meio da votação, uma discussão entre Paulinho Motorista (PSB), que votou a favor da admissibilidade, e Wambert Di Lorenzo (PROS), que votou contra, acirrou o clima no plenário.
Ao explicar o voto, Paulinho disse que defendia a investigação do prefeito, "sem condenação prévia". Logo depois, Wambert respondeu que "um processo injusto é uma verdadeira pena" e chamou a tentativa de impeachment de "indecência".
Incomodado, o vereador do PSB voltou ao microfone depois do final da votação:
- Cada um vota como quer. Não me meto com voto de vereador e não quero esse zum-zum no meu ouvido. Eu expliquei, sim, senhor (o voto). Tu não tem que responder nada para mim, tem que responder ao povo. O que é isso? Não te atravessa na minha que tu não me conhece - disse Paulinho.
Wambert retrucou:
— Estamos em uma democracia e o vereador Paulinho Motorista explicou seu voto e abriu o debate. Estamos em uma casa política e eu não aceito nenhuma censura.
A discussão ainda se estendeu fora dos microfones e tumultuou a sessão por alguns instantes, com vereadores e assessores contendo Paulinho e Wambert.
Veja como votou cada vereador
Contra a admissibilidade
- Cláudio Conceição (DEM)
- Reginaldo Pujol (DEM)
- Cláudia Araújo (PSD)
- André Carús (MDB)
- Idenir Cecchim (MDB)
- Lourdes Sprenger (MDB)
- Valter Nagelstein (MDB)
- Cassiá Carpes (PP)
- João Carlos Nedel (PP)
- Wambert Di Lorenzo (PROS)
- Alvoni Medina (PRB)
- José Freitas (PRB)
- Airto Ferronato (PSB)
- Hamilton Sossmeier (PSC)
- Moisés Barboza (PSDB)
- Cássio Trogildo (PTB)
- Luciano Marcantônio (PTB)
- Dr. Goulart (PTB)
- Paulo Brum (PTB)
- Mauro Pinheiro (REDE)
- João Bosco Vaz (PDT)
- Cláudio Janta (SD)
A favor da admissibilidade
- Mauro Zacher (PDT)
- Márcio Bins Ely (PDT)
- Paulinho Motorista (PSB)
- Karen Santos (PSOL)
- Professor Alex Fraga (PSOL)
- Roberto Robaina (PSOL)
- Adeli Sell (PT)
- Aldacir Oliboni (PT)
- Engenheiro Comassetto (PT)
- Marcelo Sgarbossa (PT)
- Felipe Camozzato (NOVO)
Ausentes
- Mendes Ribeiro (MDB)
- Ricardo Gomes (PP)