Nasceu com cheiro de eleitoreira a CPI que vai investigar supostas irregularidades da gestão do prefeito Nelson Marchezan. Proposta pela oposição, a comissão instalou-se nesta quinta-feira (3) na Câmara Municipal com previsão de duração de 120 dias, prorrogáveis por mais 60.
Como o prazo tende a ser interrompido no recesso parlamentar, as discussões podem ir até maio de 2020, cinco meses antes da eleição.
Oficialmente, a investigação vai apurar o funcionamento do Banco de Talentos da prefeitura, os atos do ex-diretor técnico da Procempa Michel Costa e o aluguel de um prédio. Costa deixou a Procempa em agosto de 2017. Por que a investigação só mais de dois anos depois?
O presidente da CPI, Roberto Robaina (PSOL), adiantou que pretende pedir a quebra de sigilo bancário e fiscal de Marchezan e de outras duas pessoas e convocar o prefeito para depor.
Vice-líder do governo, Moisés Barboza (PSDB) duvida que a comissão convoque o prefeito.
— Se for convocado, o prefeito vem aqui, explica ponto a ponto essas acusações infundadas e ainda vai sair por cima.
À tarde, em entrevista à Rádio Gaúcha, Marchezan classificou a CPI como um “deboche com a inteligência do cidadão”.