O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Entre os diversos projetos, emendas, requerimentos e destaques, 132 proposições legislativas passaram pelo plenário da Câmara dos Deputados em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro. Em quase todos os casos, os deputados federais do Rio Grande do Sul votaram, por maioria, de acordo com a orientação do governo.
Nesta sexta-feira (6), a coluna fez um levantamento para identificar os parlamentares mais alinhados e os menos alinhados ao presidente. Os dados foram obtidos junto ao site Parlametria, um portal que monitora as votações e compila os dados de atividades parlamentar (veja o ranking abaixo).
O gaúcho mais fiel ao governo Bolsonaro é Alceu Moreira (MDB), que acompanhou a orientação do Planalto em todas as 85 vezes em que registrou voto na Câmara. Em 41 oportunidades, Moreira não estava no plenário ou não registrou voto. Nos outros seis casos, o governo liberou os aliados e não orientou voto.
Ele é seguido por Bibo Nunes (PSL) que votou em 99% das vezes conforme a orientação do governo – a única divergência foi em um substitutivo da Comissão de Constituição de Justiça em um projeto sobre direitos das populações atingidas por barragens.
O presidente do PSL gaúcho, Nereu Crispim, é o terceiro mais alinhado com Bolsonaro. Votou a favor de 98% das propostas defendidas pelo governo. As diferenças ocorreram em um destaque da Proposta de Emenda à Constituição que obrigou o governo a executar emendas parlamentares e em um requerimento na reforma da previdência.
Na outra ponta do ranking, o deputado que menos acompanha o governo em votações é o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta. O voto do deputado coincidiu com a orientação do Planalto apenas oito vezes e diferiu em 48. Em 76 casos, Pimenta não votou a matéria.
Em segundo lugar está Heitor Schuch (PSB), que seguiu o governo em apenas 14 casos e contrariou a orientação do Planalto em 75 oportunidades. Elvino Bohn Gass (PT) teve o voto coincidente com a orientação do governo 14 vezes, e divergente em 74.