A saída amigável do vereador Wambert Di Lorenzo do Pros será julgada nesta segunda-feira (18) pelos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Para não perder o mandato na Câmara de Porto Alegre, Wambert alega “justa causa”. Disse que enquanto apoiava Jair Bolsonaro (PSL), o partido esteve com Fernando Haddad (PT) na eleição para presidente em 2018.
– Causou-me desconforto muito grande e prejuízo eleitoral – queixou-se à coluna.
No processo, o presidente do Pros em Porto Alegre, Eduardo Rava de Campos, CC na prefeitura indicado por Wambert, disse estar de acordo com a desfiliação sem prejuízo ao mandato do vereador.
A tendência é de que o TRE também concorde com a desfiliação de Wambert, que já vê no Partido Liberal (PL, antigo PR) o seu próximo destino. O presidente do PL no Rio Grande do Sul, Giovani Cherini, vai apoiar o prefeito Nelson Marchezan à reeleição. A expectativa é de Wambert seja o indicado para concorrer como vice-prefeito.
Se Wambert não saísse agora do Pros, poderia sair sem prejuízo ao mandato na próxima janela partidária, em março de 2020. Na Câmara dos Deputados, o partido atingiu a cláusula de barreira, mas, no Rio Grande do Sul, ficará sem o mínimo de representatividade. A situação deve piorar na próxima eleição municipal, quando estarão proibidas as coligações para as câmaras de vereadores.