O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Pela primeira vez desde a fundação, em 2004, o PSOL aprovou orientação geral para que os diretórios regionais abram conversas com outros partidos de esquerda para formação de coligações, visando as eleições municipais de 2020. A estratégia foi aprovada na reunião do diretório nacional da legenda, no último final de semana, em São Paulo.
— Trabalharemos para formar alianças com os partidos declaradamente de oposição de esquerda ao governo Bolsonaro, de enfrentamento à agenda liberal e em defesa dos direitos democráticos e sociais — afirmou o presidente nacional do PSOL, o gaúcho Juliano Medeiros.
A orientação contempla apenas partidos identificados com a esquerda e a centro-esquerda. Coligações com siglas que compõem o governo de Jair Bolsonaro ou do chamado centrão, seguem vetadas.
Nas eleições em que disputou até agora, o PSOL concorreu com chapa pura ou formou aliança com partidos mais à esquerda, como PCB e PSTU.
Para a eleição de Porto Alegre no ano que vem, o partido já abriu conversas com PT e PCdoB para a formação de uma aliança de esquerda ainda no primeiro turno. As legendas conversam abertamente entre si e tentam atrair o PDT e o PSB.
O acordo pode envolver a realização de uma espécie de primária para a definição do candidato. Pelo PSOL, o nome indicado para a disputa é o da deputada federal Fernanda Melchionna.