O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Para conhecer melhor a experiência de uma das cem melhores escolas de Ensino Médio do país, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) recebeu nesta segunda-feira (21) uma professora de Pernambuco que descreveu as práticas adotadas pela instituição estadual em que trabalha, que zerou a evasão e estimula a pesquisa científica entre os secundaristas.
A uma plateia formada majoritariamente por técnicos em educação e auditores do TCE, a professora de Biologia Uanne Freire Bezerra mencionou as atividades e os números de sucesso da Escola de Referência em Ensino Médio Aura Sampaio Parente Muniz, de Salgueiro, município do sertão pernambucano que fica a mais de 500 km de Recife.
Todas as iniciativas com o mesmo pano de fundo: o turno integral.
Além do currículo tradicional, a escola, estimulada pelo governo estadual, promove a iniciação científica integrada ao nível médio. É assim que os alunos desenvolvem projetos premiados nacionalmente, como o de um larvicida à base de castanha de caju que combate o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue.
Para efeitos de comparação, a instituição atingiu a nota de 5,4 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2017, enquanto a média nacional foi de 3,5.
Uanne participou da reunião ao TCE a convite do conselheiro Cezar Miola, que lidera uma iniciativa que reúne os tribunais de contas do país para mapear os bons resultados das redes de ensino fundamental do país.
Na quarta-feira (23), Miola viaja ao Ceará acompanhado de representantes de outras cortes fiscalizadoras para visitar os gestores educacionais de Fortaleza e, no dia seguinte, conhecer pessoalmente, a rede de Sobral (CE), cidade dona dos melhores índices educacionais do País.