Citado em comentário sobre a falta de apreço do vereador Carlos Bolsonaro pela democracia, o presidente do PSTU, Zé Maria, não gostou de ser comparado ao filho do presidente Jair Bolsonaro:
— Obviamente, respeito sua forma de pensar. Mas não acho razoável comparar a defesa da implantação de uma ditadura no país, para impor uma forma ainda mais desumana de capitalismo – que faz o filho de Bolsonaro – com as ideias que eu defendo.
A coluna mencionou o fato de que Zé Maria, nas quatro vezes em que concorreu a presidente da República, dizia não acreditar no voto e pregava a revolução como forma de tomada no do poder.
A coluna escreveu: "Ao dizer que 'por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos', Carlos lembra Zé Maria, o eterno candidato do PSTU, que disputava a eleição presidencial sem acreditar nela, porque só via possibilidade de mudança pela revolução proletária. O filho 02 do presidente Bolsonaro despreza a democracia porque cresceu ouvindo que bom mesmo foi o golpe de 1964, chamado em casa de revolução. É a teoria da ferradura: os extremos se aproximam. "
Na resposta, Zé Maria afirmou:
— Eu defendo uma sociedade socialista, fundada no fim da desigualdade, na liberdade das pessoas, como nunca vai haver no capitalismo. Minha vida inteira lutei contra as ditaduras estalinistas, pois aquilo nada tinha a ver com o socialismo que defendemos. Também luto e me oponho à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela e de Daniel Ortega na Nicarágua, assim como lutei contra a ditadura idolatrada pelo clã Bolsonaro que existiu em nosso país. Fui preso e torturado por isso. Não posso deixar, então, de te pedir que pelo menos, informe aos seus leitores a minha discordância da comparação feita.