Lançada no fim de semana com aval do deputado Eduardo Bolsonaro, a candidatura do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Irigaray, a prefeito de Porto Alegre divide o PSL. Parte dos deputados, entre os quais está o campeão de votos, tenente-coronel Luciano Zucco, não apoia Irigaray “nem para síndico”.
A pré-candidatura foi lançada no centro de eventos Casa Vetro, no bairro Jardim Europa. A seu lado estavam dezenas de filiados e os deputados Nereu Crispim (federal) e Capitão Macedo (estadual).
Irigaray disse que quer se apresentar na eleição como candidato da direita e que buscará aliados do mesmo campo para construir uma aliança competitiva.
O problema é que a direita tem outros pretendentes. Entre eles, o deputado Thiago Duarte, ex-vereador, que almeja concorrer pelo Democratas.
Além de defender “princípios conservadores na economia e nos costumes”, Irigaray disse à coluna que sua candidatura terá três bandeiras: transformar Porto Alegre em um polo industrial e tecnológico, dobrar o número de guardas municipais e investir em tecnologia na área de segurança, e desburocratizar todas as áreas do município para atrair investidores.
A expectativa de Irigaray é fazer do presidente Jair Bolsonaro o principal cabo eleitoral de sua campanha.
Sonho de consumo
Sem filiação partidária desde que deixou o PSD, em abril deste ano, o ex-vice-governador José Paulo Cairoli tornou-se o sonho de consumo do PSL, partido de Jair Bolsonaro. Há duas semanas, Cairoli conversou com o presidente do PSL de Porto Alegre, Ruy Irigaray, mas não disse sim nem não ao convite.
Cairoli não entendeu a conversa como um convite.
— Mais uma novidade que desconheço. Tenho alguns convites mas PSL ainda não. Enquanto não pensar em ser candidato seguirei com o meu partido que é o RS — disse à coluna.