Acompanhado por membros de oito centrais sindicais, o senador gaúcho Paulo Paim (PT) foi ao relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), para pressioná-lo a garantir mudanças no texto aprovado pela Câmara dos Deputados.
Boa parte das modificações defendidas por Paim já foram abarcadas no relatório de Tasso, mas precisam ser incorporadas na chamada PEC Paralela, que incluirá Estados e municípios nas novas regras previdenciárias.
Pontos como a mudança do tempo mínimo de contribuição, de 20 para 15 anos, e o piso de um salário-mínimo para pensões por morte, embora tenham sido acatados pelo relator, precisarão ser apreciados novamente pelos deputados, o que gera apreensão entre os sindicalistas
– O Tasso assegurou que conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e que há acordo firmado para que, uma vez aprovada no Senado, também passe na Câmara. Mas há uma polêmica enorme sobre isso - diz o senador gaúcho.
O receio de Paim é de que o trâmite da PEC paralela repita o que ocorreu em 2003. Na ocasião, uma proposta complementar da reforma feita na época demorou mais de um ano para passar na Câmara.
Além de pontos já pactuados, Tasso ouviu apelos para fazer mudanças mais profundas - e improváveis – como a redução da idade mínima e melhorias nas regras de transição.