Sem conseguir sanar todas as dúvidas da base aliada nos 10 dias inicialmente previstos, o governo do Estado adiou novamente o envio para a Assembleia dos projetos que autorizam a privatização de CEEE, Sulgás e CRM. Em reunião de articulação do Piratini com a base aliada, nesta segunda-feira (20), parte dos deputados voltou a pedir que o governo do Estado explicite o que fará com o dinheiro das vendas e qual será o destino dos funcionários das empresas, quando forem vendidas.
Na próxima segunda (27), o secretário-chefe da Casa Civil e articulador político do Piratini, Otomar Vivian, espera uma reunião decisiva com os parlamentares da base e. A intenção é encaminhar os projetos à Assembleia na próxima semana, em regime de urgência. Por esse calendário, o governo espera votar os textos em plenário na primeira semana de julho, antes do recesso parlamentar.
— Foram 10 dias tratando também sobre os temas de indicação de nomes para o Banrisul e sobre reajuste de piso regional. As perguntas de hoje, na reunião, foram respondidas. Mas, decidimos transformar as respostas em material didático que possa ser usado pelos parlamentares — avalia Frederico Antunes (PP), líder do governo na Assembleia.
Além dos integrantes da base do governo Eduardo Leite, o partido Novo, favorável às privatizações, participou do encontro.
O plano inicial do governo era enviar os projetos de privatização no dia 9 de maio, após conseguir aprovar a chamada PEC do Plebiscito (que retirou da Constituição estadual a necessidade de consulta popular para venda das três empresas). Contudo, deputados aliados, especialmente do MDB, alegaram que o governo deveria detalhar melhor os planos das vendas. O governo, então, formou um grupo de trabalho para, em 10 dias, sanar as dúvidas.