Discurso, não é com o senador Luis Carlos Heinze (PP), que acaba de completar dois meses de mandato. O que ele gosta mesmo é de ação. Em Brasília, passa os dias entre um ministério e outro, defendendo os interesses dos setores que representa, sobretudo o agronegócio. Pelo menos duas vezes por semana, passa pelo gabinete da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para colocar as demandas em dia.
Agora, Heinze está empenhado e um projeto que, à primeira vista parece mirabolante, mas ele assegura que é plenamente viável: um porto 100% privado em Torres, mais precisamente na praia de Itapeva, próximo a Arroio do Sal. A ideia é antiga e foi tema da campanha, mas agora, com o bom trânsito que tem no governo de Jair Bolsonaro, Heinze acredita que será possível tirá-la do papel.
Nos próximos dias, um navio da Marinha fará a medição da profundidade do mar na região.
_ Tenho conversado com empresários da região da Serra e o entusiasmo é grande, porque baratearia muito o custo de transporte dos produtos vendidos para o Exterior e para outros Estados.
Pelos cálculos do senador, com a tecnologia disponível e sem as limitações do orçamento do governo, a iniciativa privada teria condições de colocar o porto em operação . O investimento previsto é de R$ 1 bilhão.
Em outra frente, o senador acompanha a definição dos últimos detalhes para a concessão do Parque Nacional dos Aparados da Serra à iniciativa privada. Afinado com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, diz que a é a única forma de proteger o parque e, ao mesmo tempo, atrair mais turistas interessados em conhecer o cânions.
Com oito anos de mandato pela frente, mantém a rotina de deputado que precisa renovar o mandato a cada quatro anos ou de candidato a governador em 2022. Trabalha com a porta aberta, acompanha prefeitos em audiências e usa o fim de semana para viajar pelo interior do Estado.
De quinta-feira até domingo, fez uma maratona que começou pelo velório do ex-presidente da Farsul Ary Faria Marimon, em Alegrete, para onde viajou de carro, durante a noite. Na sexta-feira, retornou de avião para Porto Alegre e encerrou o dia em Montenegro, depois de compromissos em Portão. Ao lado do presidente do PP, Celso Bernardi, e do deputado federal Afonso Hamm e dos deputados estaduais Ernani Polo e Issur Koch, abonou a ficha de filiação do prefeito Carlos Eduardo Müller, o Kadu, que trocou o Solidariedade pelo PP.
Além do tradicional Canto Alegretense, soltou a voz e arriscou-se em outros ritmos, como Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones, Trem das Onze e Saudosa Maloca.
No fim de semana, participou da abertura da colheita da soja, em Tupanciretã, da inauguração da estação de tratamento de esgoto em São Borja e da entrega de uma estação de tratamento de água em Santa Rosa, ao lado do governador Eduardo Leite.