Insatisfeitos com a falta de atenção do governo com o MDB, deputados do partido não registraram presença no início da sessão que discute a PEC do plebiscito na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (23).
Os emedebistas estiveram reunidos no início da tarde e apenas pouco antes das 16h deram quórum no plenário.
A insatisfação gira em torno da participação do MDB na estrutura de governo. Além disso, parlamentares reclamam que não são chamados para opinar em questões relacionadas à gestão de Eduardo Leite.
— Pela importância que tem, o MDB precisa ser visto de outra forma pelo governo. Nunca fomos convidados para nada — criticou o deputado Gilberto Capoani.
Um dos elementos da rebelião é a indicação do comando da Metroplan. Nos bastidores, a informação é de que o irmão do deputado Edson Brum, Edivilson, havia sido preterido em favor de um indicado do PTB para a autarquia.
Sem o MDB, após o período de discussão de lideranças partidárias em plenário, o quórum corria o risco de cair e o debate poderia ser adiado. Segundo Capoani, não houve qualquer promessa do governo antes de registrarem a presença:
— A maioria decidiu descer. Eu, por mim, não votava hoje.
Logo após o retorno dos deputados do MDB, a deputada Luciana Genro (PSOL) cobrou dos colegas um posicionamento sobre a demora.
O líder do MDB na Assembleia, Fábio Branco, nega que o partido esteja insatisfeito com o governo Leite. Aos jornalistas, disse que a posição de Capoani é pessoal do parlamentar.
— Se não estivéssemos satisfeitos, sairíamos do governo — disse Branco.