Alvo de críticas durante o recesso em Brasília, o auxílio-mudança pago pela Câmara foi assunto de um dos primeiros projetos de Heitor Schuch (PSB), que deseja extinguir esse privilégio.
Segundo a assessoria do deputado, dos 513 parlamentares, o gaúcho foi um dos cinco que devolveu os salários extras permitidos pela Casa. Conforme as regras da Câmara, cada um que começa ou termina o mandato tem direito a receber uma ajuda de custo para mudança de residência. Os reeleitos, porém, recebem a ajuda dobrada: R$ 67 mil de uma só vez.
Segundo o texto de Schuch, só teriam direito à verba os novos deputados e, mesmo assim, mediante comprovação de despesas.
“A ajuda de custo será destinada a ressarcir as eventuais despesas com mudança e transporte no início e final do mandato dentro do limite do subsídio mensal diante da prestação de contas do serviço”, diz o projeto entregue ontem.
No Senado, outras propostas com o mesmo teor já tramitam, incluindo texto do senador Paulo Paim (PT), que também devolveu o auxílio-mudança. Segundo os mais recentes levantamentos, Câmara e Senado gastarão, juntos, R$ 20 milhões com esse auxílio.