Reeleito para o seu terceiro mandato no Senado, Paulo Paim anunciou nesta quarta-feira (5) que abrirá mão do auxílio-mudança de R$ 67,4 mil pagos com dinheiro público. O valor é o equivalente a dois salários de senador — R$ 33,7 mil para ir embora e R$ 33,7 mil para ingressar no Senado. Paim avalia que o benefício não tem cabimento, já que, como foi reeleito, não foi e não irá se mudar de cidade.
A verba foi criada para custear despesas com viagens e mudança dos que não conseguiram se eleger e dos que não concorreram. Até mesmo quem morava em Brasília antes do mandato e quem foi reeleito tem direito ao recurso.
"Abri mão dos dois salários extras da chamada verba de mudança. Não há justificativa para esse tipo de auxílio. Nunca recebi e não vou receber. Também já apresentei projeto para acabar com essa legislação", escreveu Paim no Twitter.
Além de entregar ofício recusando os R$ 67,4 mil, Paim protocolou projeto que acaba com esse desperdício de dinheiro público no Congresso.
A previsão é de que o Senado desembolse mais de R$ 3,5 milhões para pagar esse benefício.
A senadora Ana Amélia Lemos também não quis receber o dinheiro porque, embora não tenha sido reeleita, tem apartamento e vive em Brasília desde antes do exercício parlamentar. No caso dela, como não foi reeleita, receberia apenas um salário extra de R$ 33,7 mil que estaria relacionado à sua mudança de volta para sua origem.