Antes de anunciar o calendário de pagamento dos salários de janeiro para os servidores do Executivo, o governador Eduardo Leite e o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, apresentaram um retrato preocupante das finanças do Estado. Caso não consiga conter o passivo potencial com despesas como a retomada do pagamento da dívida com a União, o déficit chegará a R$ 22 bilhões em 2019. Para cada R$ 100 que arrecada, o Estado tem compromissos de R$ 109.
Sem sucesso, o governador Eduardo Leite tentou evitar a ampliação dos recursos destinados aos precatórios. O presidente do Tribunal de Justiça, Carlos Eduardo Duro, disse que não pode ir contra a determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabeleceu um cronograma para que os precatórios sejam quitados até 2024. Para o Estado, significa desembolsar R$ 2 bilhões a mais por ano. Como não tem esse dinheiro, e não fez o repasse de janeiro, o TJ pode sequestrar recursos que entrarem em caixa.
Foi bem sucedida a cirurgia a que se submeteu o presidente Jair Bolsonaro para retirada da bolsa de colostomia que usava desde de setembro, quando foi esfaqueado em Juiz de Fora por Adelio Bispo. Bolsonaro montou um gabinete no Hospital Albert Einstein e vai despachar de lá nos próximos dias.
Em sucessivas reuniões com prefeitos e governadores, integrantes da equipe econômica confirmaram que o projeto de reforma da Previdência a ser encaminhado ao Congresso nos próximos dias vai atingir servidores públicos estaduais e municipais. A aposentadoria dos militares será afetada. O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o projeto está pronto. Falta apenas o presidente Jair Bolsonaro dar a última palavra.
Tomaram posse os novos deputados estaduais, federais e senadores. Na Câmara, a renovação foi de 47,3%. No Senado, que tinha em disputa dois terços das 81 cadeiras, a renovação chegou a 87% — 46 dos 54 são novos. Na Assembleia Legislativa, ficou meio a meio: 28 novos e 27 reeleitos.
Deu a lógica na decisão do ministro Marco Aurélio Mello, relator do pedido de Flávio Bolsonaro para tirar do Ministério Público do Rio a investigação das movimentações atípicas do motorista Fabrício Queiroz, alegando que seu sigilo foi quebrado e que, por ter sido diplomado como senador eleito, teria direito a foro privilegiado. Marco Aurélio havia dito que pedidos como esse ele jogava no lixo. No primeiro dia após o fim do recesso, despachou o pedido, mandando o filho mais velho de Jair Bolsonaro para a primeira instância, já que o entendimento do STF é de que o foro só cabe para crimes cometidos no exercício do mandato.