O que deveria ser rotina em um país tropical, é exceção pleiteada pela Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio Grande do Sul: liberar os advogados do uso de terno e gravata nos tribunais, diante do calor excessivo deste verão. A entidade protocolou no Tribunal de Justiça, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região e no Tribunal Regional do Trabalho pedido para dispensar essas peças de roupa nas dependências dos tribunais, dos foros da Capital e do Interior, inclusive quando houver sustentações orais.
No documento, a Ordem lembrou que, em 2016, diante das altas temperaturas semelhantes às atuais, foi solicitado ao TRT4 o mesmo argumento, que acolheu o pedido.
— Tal medida é totalmente relevante, pois isso não é uma benesse, mas sim uma necessidade que protegerá a saúde dos advogados que trajam uma vestimenta que não é compatível com a temperatura atual, e que precisam andar na rua de terno com esse sol e com um calor que chega a uma sensação térmica que ultrapassa os 40°", disse o presidente em exercício da OAB no RS, Jorge Luiz Fara.
No Japão, país em que a preocupação com a sustentabilidade é permanente, o uso de terno e gravata é dispensado nas repartições públicas durante o verão. Motivo: evitar a elevação do consumo de energia.
Nesta quarta-feira (30), Porto Alegre registrou sensação térmica de 42,7°C, a maior entre as capitais brasileiras.