Mais um grupo de empresários manifestou publicamente contrariedade à manutenção das alíquotas do ICMS. Desta vez, a Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) encaminhou nota à coluna para “reforçar posição absolutamente contrária” à medida. No fim do ano, a majoração das taxas do imposto aprovada em 2015 perde a vigência. Para mantê-las, a equipe de Eduardo Leite está elaborando projeto para que o governo Sartori encaminhe à Assembleia até sexta-feira.
“O Estado e principalmente os municípios - para onde são repassados parte destes recursos - devem se adequar à nova realidade e fazer como os empreendedores: serem criativos, cortar despesas, aumentar receitas e assim manter suas contas em dia com estes valores a menos que entrarão a partir de janeiro de 2019”, reitera a nota da AGV.
Além dessa entidade, a Federação das indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) também se posicionou contrário à manutenção das alíquotas, alegando que o empresário gaúcho, com as atuais taxas, perde competitividade para empresas de outros Estados com imposto menor. A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) decide sua posição amanhã, embora a presidente Simone Leite já tenha divulgado que pessoalmente seria a favor de “dar uma chance” para o governador eleito.
Com a diminuição da alíquota, o Estado perderia R$ 3 bilhões brutos por ano. O déficit para o ano que vem é de R$ 7,3 bilhões.
Os empresários prometem fazer corpo a corpo na Assembleia a partir do envio do projeto para que os deputados rejeitem o texto.
Em reunião que Leite teve com deputados do PP ontem, os parlamentares sugeriram ao eleito que procure as entidades de empresários para convencê-los de que a manutenção das alíquotas é necessária. Assim, os deputados que planejam negar a matéria, poderiam aprová-la mais facilmente.