Saíram as indicações do governador eleito Eduardo Leite para a equipe de transição, que será coordenada pelo deputado estadual Lucas Redecker (PSDB). O coordenador técnico será Claudio Gastal, do Movimento Brasil Competitivo.
Redecker e Gastal são dois fortes nomes para o secretariado. Embora diga que prefere exercer o mandato de deputado federal, já que foi o mais votado do PSDB, Redecker não está descartado como possível chefe da Casa Civil.
Pelo Piratini, o coordenador será o chefe da Casa Civil, Cleber Benvegnú. Fazem parte da equipe os secretários Cezar Schirmer, Ana Pellini, Luiz Antonio Bins, Carlos Búrigo, Josué Barbosa e o procurador-geral do Estado, Euzébio Ruschel.
Para o eixo social, que inclui saúde, segurança e educação, o indicado é o delegado Antonio Carlos Pacheco Padilha, especialista em planejamento e gestão, e braço direito do vice-governador eleito Ranolfo Vieira Jr. A área de desenvolvimento ficará sob responsabilidade de Artur Lemos, ex-secretário de Minas e Energia. Lemos é filiado ao PSDB e deverá ocupar uma secretaria, não necessariamente a de Desenvolvimento.
Gestão e Finanças, que no plano de governo aparece como "Estado sustentável", terá como coordenador na transição Paulo Dias Pereira, um técnico ligado ao PSDB. Ele é analisa de planejamento, orçamento e gestão da Secretaria de Planejamento desde 1998. É especialista em estudos regionais. Já foi diretor de orçamento, assessor parlamentar e assessor especial.
Eduardo Leite ainda não definiu quantas secretarias terá seu governo. A estrutura só deverá ser conhecida no final de novembro.
Para a Secretaria da Fazenda, uma das mais espinhosas, o nome mais cotado é o do secretário responsável pelas finanças de Porto Alegre, Leonardo Busatto, servidor de carreira. Busatto diz que não foi convidado. A transferência depende, também, de um acordo entre o prefeito e o governador eleito.
Na Saúde, Leite gostaria de alguém com o perfil do secretário municipal de Porto Alegre, Erno Harzheim, um técnico que está conseguindo fazer milagres em meio à escassez de recursos.
Na Educação, área das mais complexas de gerir, o governador eleito procura alguém com o perfil semelhante ao de Cláudia Costin, consultora da ONU, que foi ministra da Administração no governo Fernando Henrique Cardoso e secretária da Educação na prefeitura do Rio de Janeiro.
Leite diz que não tem preconceito contra políticos na escolha de sua equipe, nem está numa competição para ver quem corta mais secretarias:
— Queremos um governo enxuto, mas eficiente. Os partidos são o primeiro banco de recursos humanos, mas precisam indicar pessoas tecnicamente qualificadas.
O currículo de cada um:
Paulo Pereira - Analisa de Planejamento Orçamento e Gestão da SPGG desde 1998. Especialista em estudos regionais cursando MBA em Gerenciamento de Projetos na FGV. Já foi Diretor de Orçamento, Assessor Parlamentar e Assessor Especial da SME. funcionário de carreira da Sec de Planejamento, Governança e Gestão
Antônio Carlos Pacheco Padilha - Natural de Porto Alegre, com 48 anos de idade, casado. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica – PUCRS (1997) e Mestre em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS (2013); Delegado de Polícia desde 1999, tendo atuado na Divisão de Planejamento e Coordenação – DIPLANCO (2005-2006 e 2011-2014), no Departamento de Planejamento da Secretaria de Segurança Pública (2007-2010), no Departamento de Administração Policial – DAP (2015-2016) e no Conselho Superior de Polícia (2016-2018). Foi Professor e Coordenador de Disciplina na Academia de Polícia Civil – ACADEPOL. Representou o Estado do Rio Grande do Sul na Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública – ENASP e na Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro - ENCLA.
Claudio Leite Gastal é presidente executivo do Movimento Brasil Competitivo (MBC), onde atua desde 2002z. Formado pela Universidade Católica de Pelotas/UCPel (RS). Foi secretário executivo da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República do Brasil. Atualmente, integra o Conselho de Administração do Consórcio Brasil Central e o comitê executivo do Conselho Nacional de Desburocratização e Governo Digital do governo federal, coordena as coalizões Brasil Digital, Pacto pela Reforma do Estado e Mais Gestão.
Artur Lemos Junior é advogado formado em Direito pela Pontífica Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS (2005). Possui especialização em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho. Cursou Politics and Economics of International Energy, pela Sciences Po (2016) e com Pós-MBA em Governança Corporativa e Gestão de Risco na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS.
Na administração pública, foi diretor administrativo e presidente da Fundação Zoobotânica (2006-2011). Foi coordenador da CPI da Energia Elétrica na Assembleia Legislativa (2014). De janeiro de 2015 a dezembro de 2016, foi secretário adjunto da Secretaria de Minas e Energia. E de 2017/2018 secretário.