Filiado ao Novo, o ex-vice-governador Paulo Feijó informou à coluna que votará em Jair Bolsonaro (PSL) para presidente da República. Um dos motivos é a proximidade que tem com Paulo Guedes, o guru da economia na chapa do PSL.
– Conheço ele desde a inauguração do IEE. Se Paulo Guedes não é o melhor é um dos melhores economistas do país.
Entre outros motivos, Feijó diz que prefere Bolsonaro a Amôedo, porque, segundo ele, o deputado tem mais viabilidade de ganhar a eleição. Sobre a confiança do mercado financeiro, sugere que a equipe a ser convocada pelo concorrente do PSL caso vire presidente pode acalmar o ânimo dos investidores e trazer estabilidade para o Brasil.
— Se tu fizer análise da história do país nos últimos presidentes, na verdade não é o presidente que aparece, é uma equipe. É a habilidade de trazer pessoas a fim de gerar tranquilidade ao mercado. Paulo Guedes traz total confiança ao mercado — afirma.
O ex-vice-governador foi um dos organizadores do encontro que Bolsonaro teve nesta quinta-feira (30) pela manhã, no Country Club, com 180 empresários de diversos setores. Segundo ele, o público saiu satisfeito com as propostas do candidato à Presidência.
Convidada para o evento, a presidente da Federasul, Simone Leite, concorda com a impressão de Feijo. Para ela, o candidato "mostrou muito carisma, possível visão liberal e alguma capacidade de diálogo".
— A impressão que colhi dos colegas de ontem (quarta-feira) e hoje (quinta-feira) foi positiva.
Onyx foi mencionado por diversas vezes como o futuro chefe da Casa Civil, caso Bolsonaro seja eleito.
Novo se surpreende
A declaração de voto de Paulo Feijó em Jair Bolsonaro surpreendeu e incomodou os líderes do Partido Novo no Rio Grande do Sul.
– Ficamos muito chateados porque, sendo filiado, esperávamos que ele reunisse os empresários para ouvir a mensagem do nosso candidato, João Amoêdo – lamentou o presidente do Novo, Guilherme Encke.
O candidato do Novo a governador, Mateus Bandeira, ficou sabendo do apoio de Feijó por ZH. E considerou incompatível com as normas do partido o apoio a um concorrente.
A pergunta é: o que faz Feijó no Novo?