A decisão do PP de investir todas as fichas na candidatura da senadora Ana Amélia à reeleição e não lançar candidato à segunda vaga encontrou um obstáculo: a empresária Carmen Flores, presidente do PSL, também quer concorrer.
Carmen diz que resolveu entrar na disputa porque Ana Amélia não quer se vincular a Bolsonaro. Ela imagina que pode concorrer à revelia do PP, mas a lei é clara: a coligação na eleição majoritária não pode ser cindida.
O presidente do PP, Celso Bernardi, não foi consultado sobre a pretensão de Carmen Flores de concorrer ao Senado. Bernardi diz que, se a presidente do PSL quer disputar, terá de conseguir votos na convenção, em agosto.
Surpreendida com a disposição de Carmen Flores de concorrer ao Senado, Ana Amélia Lemos foi econômica nos comentários:
– A coligação foi construída pelos líderes dos partidos e não tive participação no processo. Todas as questões relacionadas à aliança competem, no caso do meu partido, ao presidente Celso Bernardi e ao nosso candidato à sucessão estadual, deputado Luis Carlos Heinze.
Apesar da discrição, Ana Amélia não consegue esconder que a aliança com Bolsonaro é indigesta.