A convenção do PSL, que lotou o plenarinho da Assembleia nesta segunda-feira (30), terminou com a ata em aberto: a aliança com o Partido Progressista, fechada em 12 de junho, corre o risco de ir pelos ares se no próximo sábado (4) o PP não aceitar a candidatura de Carmen Flores ao Senado. A maioria do PP não quer um segundo nome disputando a vaga do Senado, porque decidiu focar na reeleição de Ana Amélia Lemos.
A presidente do PSL disse aos companheiros de legenda que será candidata. O PP, porém, avisa que, se colocar seu nome em votação, Carmen será derrotada na convenção do dia 4.
Como Ana Amélia não admite fazer campanha para Jair Bolsonaro e vai trabalhar por Geraldo Alckmin (PSDB), Carmen quer entrar na disputa para garantir visibilidade ao candidato do PSL.
Embora saiba o que Ana Amélia pensa, Carmen apelou:
– Convoco e peço que a senadora venha com a gente, com Jair Bolsonaro. Tenho certeza que ela fará muito mais votos ao lado de homem digno como ele.
Luis Carlos Heinze, candidato do PP ao Piratini, chegou ao fim da reunião. Saudou os filiados, cantou o jingle de Bolsonaro e afirmou que seu colega de Câmara é a “solução para o Brasil”.
A executiva do PP está tentando resolver o impasse sem quebrar os pratos com o PSL, para não deixar Heinze isolado.
Aliás
Além do risco de isolamento se PSL e DEM abandonarem a aliança, Luis Carlos Heinze tem uma preocupação extra: a falta de dinheiro para a campanha. A direção nacional do PP está irredutível.