Vereadores do PMDB de todo o Rio Grande do Sul participam nesta quinta-feira, na Câmara Municipal de Porto Alegre, do ciclo de debates Comunicação Eficiente, Mandato Sólido, promovido pela Fundação Ulysses Guimarães. Embora voltado para vereadores, prefeitos também foram convidados e deverão participar do encontro. Entre os palestrantes, estarão o ex-governador Germano Rigotto, a relações públicas Elisete Paz e o especialista em Política Internacional Márcio Rodrigues. Depois de um dia de debates, os vereadores serão recepcionados por Sartori com um jantar no Galpão Crioulo do Palácio Piratini.
A palestra de encerramento será feita por Rigotto. Embora não esteja na programação, sabe-se que os vereadores planejam fazer uma defesa explícita da candidatura do ex-governador ao Senado.
O raciocínio dos líderes do PMDB é de que nem Ana Amélia Lemos (PP) nem Paulo Paim (PT) têm a reeleição garantida. Rigotto concorreu em 2010, mas ficou em terceiro lugar porque, por exigência dele mesmo, o PMDB não tinha um segundo candidato. O erro de estratégia acabou garantindo a eleição de Ana Amélia e Paim.
No dia 7 de março, a Associação de Vereadores do PMDB-RS entregou manifesto que defende a reeleição de Sartori e a candidatura de Rigotto ao Senado. Presidida pelo vereador de Igrejinha, Guto Scherer, a associação representa os 1.174 vereadores.
Depois de entregar o documento ao governador, os vereadores foram ao escritório de Rigotto informar sobre seu apoio à candidatura. Ao receber o documento, Rigotto disse que essa é uma possibilidade, mas ponderou que a confirmação de seu nome depende da composição que será feita para eleição ao Piratini.
O temor de prefeitos e vereadores é que Rigotto acabe sendo rifado pelos caciques do partido em nome do projeto de reeleição do governador José Ivo Sartori, que, finalmente, deu sinal verde para o PMDB buscar alianças e começou a conversar com dirigentes partidários.
O PSB, que integra a base do governo e tem sido um aliado fiel, estabeleceu como condição para entrar em uma aliança a indicação de dois candidatos ao Senado (Beto Albuquerque e José Fortunati), mas esse preço é considerado alto demais pelos aliados de Sartori, que sonham com uma aliança mais ampla e não podem entregar dois dos principais postos a um partido só. O sonho dos peemedebistas era ter o PP na chapa, o que implicaria reservar uma das vagas do Senado a Ana Amélia, mas o partido aprovou a candidatura própria ao Piratini e escolheu o deputado Luis Carlos Heinze. Entre os aliados de Sartori a expectativa é de que, até a convenção, em julho, o PP mude de ideia.