
O prefeito Sebastião Melo abriu duas novas frentes na busca por mais recursos para a saúde em Porto Alegre, diante da acentuada ocupação de leitos clínicos do SUS e de leitos de emergência - em grande parte devido a pacientes provenientes do interior do Estado.
Nesta terça-feira (25), Melo encaminhou dois ofícios, um à Assembleia Legislativa e outro à Câmara Municipal, solicitando audiências para debater o tema. Endereçado ao presidente do parlamento estadual, deputado Pepe Vargas (PT), um dos documentos sugere uma reunião conjunta da presidência da Casa com a Comissão de Saúde e Meio Ambiente. O objetivo, segundo o texto: "para que possamos apresentar informações transparentes e travar o bom debate em busca de avanços, incluindo a possível participação de integrantes dos governos federal e estadual".
No documento, Melo sugere a possibilidade da realização de sessão para discutir o tema, com participação de prefeitos de municípios vizinhos e representantes do Consórcio de Municípios da Região Metropolitana (Granpal) e da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs).
"A rede de Porto Alegre está sobrecarregada em razão dos problemas de infraestrutura de atendimento de municípios do interior do Rio Grande do Sul e da Região Metropolitana", diz o prefeito na carta.
O outro ofício foi encaminhado à presidente da Câmara Municipal, vereadora Comandante Nádia (PL). No texto, Melo pede uma reunião conjunta da presidência com a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Casa, "diante da gravidade do cenário".
Os ofícios mostram que Melo não ficou satisfeito com a promessa do governador Eduardo Leite de mais recursos para unidade de queimados do Hospital de Pronto Socorro (HPS) e para obras das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), anunciada na reunião entre os dois na segunda-feira (24).
O prefeito, que embarcou nesta terça-feira (25) para Brasília, ainda cogita interromper os serviços de saúde para pacientes do Interior, diante do que considera "crise no financiamento dos serviços do SUS".