Bastam 24 horas no Azerbaijão para se compreender que o maior desafio para uma cidade (ou país) que sedia uma COP é a questão da mobilidade. Do desembarque no aeroporto ao transporte público, tudo precisar estar integrado - e, em geral, ser gratuito aos participantes.
Baku conta com um metrô que não é extenso, mas cumpre seu papel - da Cidade Velha, onde ZH está hospedada, até o Estádio Olímpico, sede da COP29, são 20 minutos diretos. Esse é um desafio fundamental para o Brasil, o Pará e Belém, daqui um ano.
Um país na fronteiras das guerras
O Azerbaijão e sua capital, Baku, têm nomes estranhos para nós, ocidentais, mas o país e a cidade são sensacionais do ponto de vista da gentileza e hospitalidade de seus habitantes. Nem parece que estamos na fronteira com três regiões em guerra - a Rússia, com a Ucrânia; o Irã, com Israel; e a Armênia, país com o qual o Azerbaijão disputa o território de Nagorno-Karabakh.
A segurança na COP29
Aliás, a segurança por aqui é bem maior do que o observado na COP de Dubai, no ano passado. No metrô, mochilas e malas precisam ser passadas no raio-X, e, ao redor do Estádio Olímpico, há militares posicionados a cada cem metros. O terrorismo islâmico na região do Cáucaso é uma ameaça.
A questão dos voluntários
Os voluntários convocados para a COP são um caso a parte: embora tenham dificuldades em falar idiomas como inglês (algo a ser enfrentado no Brasil, na COP de Belém), compensam na gentileza e simpatia.
Faça o que eu digo...
Mais uma vez uma COP é sediada em um país produtor de petróleo, um combustível fóssil. E, mais uma vez, tem um presidente com relação controversa com o setor.
Mukhtar Babayev, tem uma longa trajetória na indústria de petróleo e gás do país. Ele trabalhou por 26 anos na companhia estatal (Socar), onde também foi vice-presidente de ecologia. No ano passado, mais de 2,4 mil promotores de energias fósseis, afiliado, se inscreveram para as negociações climáticas na COP28, um número recorde.
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