A mais recente "fake news" a que o projeto de lei das... "fake news" se tornou alvo é de que, uma vez aprovada, a regulamentação iria restringir liberdade religiosa. O boato (nome antigo de fake news) se espalhou de tal forma na quarta-feira (26) que o relator do PL, deputado Orlando Silva (PC do B-SP) precisou gravar um vídeo, negando que reproduzir versículos da Bíblia em redes sociais possa sofrer alguma punição.
No texto mais recente obtido pela coluna, está explícito no parágrafo único que a regulamentação não afeta o livre pensamento religioso. Diz o documento: "as vedações e condicionantes previstos nesta Lei não implicarão restrição ao livre desenvolvimento da personalidade individual, à livre expressão e à manifestação artística, intelectual, de conteúdo satírico, religioso, ficcional, literário ou qualquer outra forma de manifestação cultural, nos termos do art. 5º da Constituição Federal".
- A Bíblia é um livro intocável, não se pode mexer com esse assunto que te tem a ver com a fé, a crença e a cultura brasileira. É do brasileiro o respeito à Bíblia. É fake news imaginar que se possa mexer com o texto sagrado - diz Silva, no vídeo gravado ao lado do deputado Cezinha da Madureira (PSD-SP).
Ainda assim, a partir de reunião com a bancada evangélica, o relator decidiu deixar ainda mais claro, em um novo texto, que a liberdade religiosa não será cerceada pelo texto. A nova versão do PL (provavelmente a última) deve ser apresentada nesta quinta-feira (27) na Câmara.