A bancada do PSOL protocolou nesta segunda-feira (2) no Supremo Tribunal Federal (STF) petição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, pedindo que ele seja preso preventivamente. No documento, eles alegam que o ex-presidente atentou contra a democracia, citando incentivos a ações como os bloqueios de estradas ocorridos em reação à derrota no segundo turno.
Em outro trecho, o texto afirma: "É preciso ressaltar, infelizmente, o histórico de disseminação de fake news, com intuito golpista, do ex-presidente Bolsonaro: ele, desde o início de sua presidência, vem arquitetando o atual cenário que vivemos".
Na petição, o PSOL pede que o documento seja anexado ao inquérito dos atos antidemocráticos já em andamento no Supremo. O partido pede também quebra de sigilo telefônico e telemático e busca e apreensão de provas para evitar destruição ou ocultamento de materiais que, eventualmente, possam contribuir com as investigações.
— Bolsonaro cometeu inúmeros crimes contra o povo brasileiro, incluindo o genocídio perpetrado por ele durante a pandemia de covid-19, e precisa ser responsabilizado. O pedido de prisão preventiva é para evitar a impunidade — afirma a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
A ação cita ainda a viagem de Bolsonaro à Flórida, na sexta-feira (30) e recomenda a preensão do passaporte do ex-presidente.
Além da parlamentar gaúcha, assinam a petição Áurea Carolina, Célia Xacriabá, Chico Alencar, Érika Hilton, Glauber Braga, Guilherme Boulos, Ivan Valente, Luciene Cavalcanti, Luiza Erundina, Pastor Henrique Vieira, Sâmia Bomfim, Talíria Petrone, Tarcísio Motta, Vivi Reis e o presidente nacional da legenda, Juliano Medeiros.