Diplomatas brasileiros tratam as relações entre Brasil e Venezuela como em "processo de normalização". O Itamaraty despachou para o país vizinho uma delegação liderada pelo embaixador Flávio Macieira, a fim de avaliar as condições dos imóveis para a reabertura da embaixada em Caracas e de consulados. O Brasil rompeu relações com o país vizinho em 2019 ao respaldar a fracassada autoproclamação de Juan Guaidó, líder da oposição a Nicolás Maduro, como presidente.
Em sua primeira viagem como presidente, Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir com o ditador da Venezuela, e Miguel Díaz-Canel, de Cuba, na segunda-feira, em Buenos Aires. Para atender aos vários pedidos de reuniões bilaterais, o governo brasileiro decidiu adotar como prioridade encontro com líderes que não estiveram na posse, em Brasília.
Ao receber um grupo de venezuelanos que fugiram da ditadura Venezuelana, o prefeituo de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, repudiou a visita de Nicolás Maduro à capital argentina. Larreta, do Partido Proposta Republicana (PRO), de centro direita e fundado pelo ex-presidente Mauricio Macri, se junta a um grupo de personalidades políticas e da cultura que tentou impedir, na Justiça, a entrada de Maduro no país.
Presidente do PRO, Patricia Bullrich, chegou a dizer que Maduro, a exemplo do que ocorreu com o ex-ditador chileno Augusto Pinochet em Londres, deveria ser preso ao chegar à Argentina, por crimes de lesa-humanidad.e