No momento em que sua mãe, Elizabeth II, morreu na quinta-feira (8), o herdeiro Charles pode escolher qual nome assumiria como rei - embora a coroação só vá ocorrer daqui um tempo.
Chegou-se a imaginar que o então príncipe, aos 73 anos, adotaria como nome George VII, dando continuidade à tradição do avô, o rei George VI, pai de Elizabeth.
Mas Charles optou por manter seu primeiro nome, acrescentando o III. Isso significa, obviamente, que houve dois antecessores, Charles I e Charles II. Quem são?
O primeiro viveu entre 1600 e 1649 e travou uma luta contra o parlamento - à época, o país tinha uma monarquia absolutista e Charles I recusava-se a aceitar exigências de uma monarquia constitucional, como a vigente. O país enfrentava uma crise econômica em razão dos investimentos feitos nas forças armadas, que travaram uma guerra contra a Espanha, em 1558.
Charles I foi decapitado por traição à pátria e por governar como um déspota, em 30 de janeiro de 1649.
Após sua prisão, condenação e execução, a monarquia foi abolida e uma república foi declarada - o chamado interregno, que terminou em 1660, com a restauração da monarquia com seu filho, Carlos II. Aliás, seu herdeiro reinou até 1685 também sob forte confronto com o parlamento, uma grande crise sanitária (a Peste Negra, em 1664, quando mais de um quarto da população de Londres à época morreu) e um grande incêndio na capital. O país também viveu uma guerra civil entre católicos e protestantes. Charles II governou até sua morte em 1685.