Por vezes, vemos Coreia do Norte e China flexionarem músculos, exibindo seu poderio bélico. Nesta terça-feira (16), foi a vez de os Estados Unidos mostrarem seu poder, enquanto única superpotência do globo.
As forças armadas americanas testaram com sucesso um míssil balístico de longo alcance com capacidade nuclear. O lançamento havia sido adiado por duas vezes para evitar aumentar as tensões sobre duas regiões complicadas do momento atual: no Leste Europeu, entre Ucrânia e Rússia, e no Sudeste Asiático, entre China e Taiwan.
A ideia era, no jargão das relações internacionais, não escalonar a tensão.
O Comando de Ataque Global da Força Aérea dos Estados Unidos lançou o míssil balístico intercontinental "Minuteman III" sem carga sobre o Pacífico a partir da Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia, pouco depois da meia-noite, horário local.
Este míssil carregava um veículo de reingresso de teste, que em um conflito estratégico poderia ser armado com uma ogiva nuclear.
O veículo percorreu cerca de 6.760 quilômetros até o atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall, no oeste do Oceano Pacífico.
- Esse lançamento de teste faz parte de atividades rotineiras e periódicas destinadas a demonstrar que a dissuasão nuclear dos Estados Unidos é segura, confiável e eficaz - disse a força aérea americana, em comunicado.
O teste estava originalmente programado para março, mas foi adiado para evitar o aumento das tensões sobre a invasão russa da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro.
Foi adiado pela segunda vez no início de agosto, quando as tensões militares aumentaram devido aos múltiplos lançamentos de mísseis balísticos da China e exercícios de disparo real em reação a uma visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Deputados americana, Nancy Pelosi.