Há duas histórias eternizadas por Hollywood: uma delas a de um braço direito do presidente dos Estados Unidos envolvido em tentativa de corrupção em nível federal. A outra é a de um mocinho que, se torna, aos poucos o vilão com o passar dos anos.
Ambas, a se confirmarem as suspeitas que recaem sobre Rudolph Giuliani, ele poderia protagonizar qualquer uma das duas.
Em relação à primeira, Rudy ,como é conhecido, tornou-se alvo de uma investigação criminal por interferência eleitoral na Geórgia, um dos Estados americanos onde a batalha entre Donald Trump e Joe Biden, em 2020, foi mais acirrada.
Giuliani foi um dos porta-vozes mais proeminentes das alegações falsas de fraude propagadas pelos republicanos. Na investigação, suspeita-se de que o advogado e ex-prefeito de Nova York foi visto em eventos com deputados estaduais em dezembro de 2020, durante os quais passou horas falando sobre teorias de conspiração de que teriam roubado a eleição a favor de Trump. Suas ações na Geórgia, um dos Estados-pêndulo, ou seja decisivos para a vitória ou não de um candidato, também são investigadas pelo Departamento de Justiça. Trump claramente enviou para o Estado sua tropa de choque na tentativa de reverter o resultado, que seria determinante no colégio eleitoral.
Sobre a segunda narrativa da qual Rudy seria protagonista, falo de um líder que fora herói da resiliência de Nova York, nos atentados de 11 de setembro de 2001, e agora cai em desgraça por ter sustentado informações falaciosas, como advogado de Trump.