Diante do aumento da tensão na Europa e o risco de uma invasão da Ucrânia pela Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já teria o esboço de um plano para os próximos dias. A ideia, comentada a altos funcionários no sábado à noite, na residência de Camp David, segundo a rede CNN, seria deslocar entre mil e 5 mil militares para reforçar países aliados no Leste Europeu e na região do Báltico.
Neste momento, o plano está na fase da identificação das unidades a serem deslocadas.
O Departamento de Estado entende que uma invasão da Ucrânia é iminente. Tanto que, no domingo (23), recomendou a saída de cidadãos americanos do país europeu e reduziu o número de funcionários não essenciais da embaixada em Kiev.
O deslocamento de militares para a região, no entanto, não teria o objetivo de combate. Eles atuariam como forma de dissuasão à Rússia e para tranquilizar aliados. Há críticas de que o governo Biden não estaria fazendo o suficiente para proteger a Europa. Eles também poderiam auxiliar em uma operação de retirada de cidadãos americanos da Ucrânia, em caso de invasão.
Os EUA enviaram na semana passada dois carregamentos com armas para a Ucrânia. Nesta segunda-feira (24), também veio a público a informação de que países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão enviando navios e caças para a região.
Até a semana passada, falava-se que a Rússia havia posicionado 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Nos últimos dias, houve novas mobilizações, com tropas posicionadas em Belarus, que compartilha mil quilômetros de fronteira com a Ucrânia. Nesta segunda-feira (24), novas informações obtidas pelo Ministério de Defesa ucraniano dão conta de que o total de militares mobilizados pela Rússia não região chega a 127 mil.
A Rússia nega, até o momento, que o plano seja invadir o país.