País onde a vacinação contra a covid-19 atingiu o teto, os Estados Unidos enfrentam já uma realidade que pode atingir a Europa e o mundo em poucos dias: a variante Ômicron já é predominante em território americano. Na semana passada, a cepa foi responsável por 73% dos novos casos no país - nos sete dias anteriores, a Ômicron era identificada em apenas 2,9% dos registros, o que revela seu poder de transmissão.
Nesta terça-feira (21), o presidente Joe Biden deve anunciar novas medidas para combater a cepa, identificada pela primeira vez pela África do Sul. Entre as ações, estão a compra de meio bilhão de testes rápidos, apoio de militares e envio de equipes para Estados de Arizona, Indiana, Michigan, New Hampshire, Vermon e Wisconsin.
São três os eixos: aumentar o apoio federal a hospitais, ampliar acesso dos americanos a testes grátis e expandir o número de centros de imunização contra a covid-19.
Na Europa, diante do avanço da variante Ômicron, governos nacionais e locais na Europa estão aumentando as restrições de deslocamento nesta semana, em que o Natal normalmente propicia encontros familiares e viagens. No continente, a previsão é de que a cepa se torne predominante em janeiro.
A Holanda é o país que mais endureceu as regras neste final de ano. O país decretou lockdown, medida que passou a valer no domingo e seguem até 14 de janeiro. Lojas, restaurantes, bares, cinemas, museus e teatros estão fechados. O número de convidados que as pessoas podem receber em suas casas deve ser reduzido de quatro para dois, exceto no dia de Natal, 25.
Na França, a tradicional festa de Réveillon na Avenida Champs-Elysées foi cancelada. Outros eventos pelo país também foram proibidos. O governo tem recomendado que, mesmo pessoas que já tenham se vacinado com duas doses, se submetam a testes de covid-19 antes de encontros familiares.
Reino Unido até o momento não declarou lockdown, mas o uso de máscaras voltou a ser obrigatório em locais fechados. A prefeitura de Londres estuda impor novas medidas restritivas para evitar o colapso do sistema de saúde.
Na Dinamarca, o Executivo pediu ao parlamento a aprovação de uma lei que estabeleça o fechamento de cinemas, teatros e salas de concerto. Se aprovada, a medida restringe também o horário de funcionamento de bares e restaurantes, que terão de fechar às 23h e não poderão vender bebidas alcóolicas após as 22h.
Na Itália, Roma e outras cidades, como Veneza, cancelaram as festas de Ano-Novo.