Com 100% das urnas apuradas no Chile, o resultado final ficou assim: o candidato de extrema-direita, José Antonio Kast, conquistou 27,91% dos votos. O postulante da esquerda, Gabriel Boric, ficou com 25,83%. O segundo turno está marcado para 19 de dezembro.
O mercado chileno reagiu com alívio ao resultado eleitoral, diante da interpretação que de que não há preponderância de uma ou outra força política.
No segundo turno, os candidatos precisarão moderar seus discursos para atrair o centro - Kast deve ir atrás dos votos de Sebastián Sichel (candidato do atual presidente, Sebastián Piñera), que ficou com 12,79% dos votos, e Franco Parisi, que obteve 12,80%. Boric irá tentar o apoio da centro-esquerda, de Yasna Provoste (11,61%) e Marco Enríquez-Ominami (7,61%) e da extrema-esquerda, de Eduardo Artés (1,47%).
Uma primeira pesquisa para o segundo turno, do instituto Cadem, aponta empate técnico, com 39% entre os dois candidatos.
A retórica do medo deve preponderar, com Kast afirmando que, se Boric vencer, irá transformar o país em "uma Venezuela", e o líder de esquerda dizendo que o rival prejudicará o pluralismo e ameaçará a democracia.
Será o medo contra o medo.