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Proporcionalmente, Argentina e Uruguai vacinaram mais suas populações contra a covid-19 do que o Brasil, conforme o ranking da Universidade de Oxford. No caso argentino, que começou a campanha de imunização antes do Brasil, em 29 de dezembro, o governo administrou até esta terça-feira (23), 6,95 doses por cem habitantes.
O Uruguai, que começou muito depois de Brasil e Argentina, em 1º de março, aplicou em 23 dias 9,91 doses por cem habitantes. O Brasil, que começou a campanha de vacinação em 18 de janeiro, aplicou, conforme o ranking de Oxford, 6,64 doses por cem habitantes.
Repito: os números são proporcionais ao tamanho das populações, o que permite comparar realidades demográficas absolutas tão díspares quanto as de Brasil e Uruguai, por exemplo.
Na América Latina, o Chile segue sendo o ponto fora da curva, tendo vacinado quase metade da população com ao menos uma dose (45,65 aplicações por cem habitantes). Os índices chilenos são superiores aos dos Estados Unidos e do Reino Unido, duas nações que avançaram muito nas últimas semanas em seus programas de imunização. Na segunda-feira (22), o Chile começou a vacinar moradores de rua - 16,4 mil pessoas vinculadas ao Programa Calle, de apoio social.
Em contraste com os bons números da imunização, o país vive um dos momentos mais críticos da pandemia, com 95% de ocupação das UTIs. Por isso, voltou a impor restrições. Desde o início da crise, morreram no Chile de covid-19 22,3 mil pessoas e 938 mil foram infectadas, segundo a Universidade Johns Hopkins.
O resto do subcontinente vai muito mal. Paraguai, o quarto membro do Mercosul, ao lado de Uruguai, Argentina e Brasil, enfrenta sérias dificuldades – aplicou até agora 0,21 dose por cem habitantes. Bolívia (1,44), Peru (2,09), Equador (0,8) e Colômbia (2,39) também patinam. Na Venezuela, onde os dados não são confiáveis, a situação também é muito ruim – 0,04 dose por cem habitantes. Na América Central, destaque para algum avanço em Panamá (7,18), Costa Rica (6,13) e República Dominicana (6,22). O México, na América do Norte, tem 4,48 doses por cem habitantes.