No Dia Mundial do Refugiado, neste sábado (29), a coluna lembra que 79,5 milhões de pessoas não podem voltar para casa.
Esse é o dado divulgado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no relatório "Tendências Globais", lançado na quinta-feira (18).
São pessoas em situação de refugiado, solicitantes de refúgio e forçadas a se deslocarem dentro do próprio país.
Veja alguns números.
Deslocados internamente, no mesmo país: 45,7 milhões
Refugiados: 29,6 milhões
Solicitaram refúgio, mas não obtiveram resposta: 4,2 milhões
Entre os relatórios de 2019 e 2020, o mundo ganhou 9 milhões de deslocados a mais
A maioria dos refugiados (68%) saiu de cinco países. A Venezuela já é a segunda nação com maior número de pessoas fora de seu país.
Síria: 6,6 milhões
Venezuela: 3,7 milhões
Afeganistão: 2,7 milhões
Sudão do Sul: 2,2 milhões
Mianmar: 1,1 milhão
Também chama a atenção que a crise na Venezuela, junto com as caravanas de migrantes que cruzam a América Central (Nicarágua, Honduras e El Salvador) rumo aos EUA, colocou o continente americano como a região do mundo com maior número de pedidos de refúgio. Entre as 10 nações que registraram maior número de novos pedidos, seis estão nas Américas: EUA, Peru, Brasil, México, Costa Rica e Canadá.
O Brasil tem 43 mil estrangeiros na condição de refúgio, segundo o Comitê Nacional para Refugiados (Conare). Desses, 88% são venezuelanos, quase todos aprovados nos últimos seis meses. Estão em tratativas 193,7 mil pedidos de refúgio no Brasil.
