A comunidade de inteligência dos Estados Unidos, que reúne agências como a CIA, concluíram que o novo coronavírus não foi criado pelo ser humano nem modificado geneticamente.
O anúncio, feito nesta quinta-feira (30) pela Direção Nacional de Inteligência (DNI), deve aliviar um pouco a pressão sobre a China que, nas últimas semanas, tem sido pressionada a apresentar detalhes sobre a origem da covid-19. Embora descartem manipulação genética, os órgãos americanos querem saber se o vírus pode ter "vazado" acidentalmente do laboratório do Instituto de Virologia de Wugan, localizado a 30 quilômetros da cidade chinesa que foi epicentro da doença entre dezembro e janeiro.
O texto divulgado pela DNI afirma que os serviços de inteligência se unem, assim, "ao amplo consenso entre a comunidade científica" no que diz que o novo coronavírus "não foi criado pelo homem, nem modificado geneticamente".
O comunicado público é divulgado depois que o presidente Donald Trump disse que não descartava pedir uma compensação a Pequim pela pandemia. Nas últimas semanas, além da Casa Branca, governos do Reino Unido, da Alemanha e da França pediram explicações à China sobre a origem do vírus. A Austrália chegou a sugerir uma investigação independente sobre o caso. Na quarta-feira (29), a embaixada chinesa no Brasil divulgou um documento rechaçando 12 pontos de suspeitas levantadas por líderes políticos, como Trump, e difundidas nas redes sociais que atribuem suposta responsabilidade a Pequim pela pandemia.