Até o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que poucos dias atrás saía às ruas para abraçar e beijar simpatizantes, contrariando as orientações de especialistas, mudou de opinião e fez um apelo, na sexta-feira, para que os cidadãos fiquem em casa.
- Precisamos manter ma distância saudável. É melhor prevenir do que lamentar - disse, em vídeo.
Agora, apenas os presidentes Jair Bolsonaro e Daniel Ortega, da Nicarágua,estão "hermanados" na teimosia de negar a gravidade do coronavírus. Relutam em aceitar a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que evitem aglomerações. Em espectros ideológicos opostos, os dois presidentes ignoram a gravidade da pandemia. O esquerdista Ortega chegou a convocar uma manifestação popular em Manágua, apelidado de “Amor nos Tempos de covid-19”, em referência às avessas ao livro Amor nos tempos do cólera, do escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez.
Alheio à realidade, o governo não declarou quarentena, e as fronteiras continuam abertas. Inclusive o futebol toma parte dessa ficção no país de faz de contas de Ortega. A liga de futebol nicaraguense foi a única que realizou partidas no continente no fim de semana, conforme contou ao jornal La Nacionalismos o jogador argentino Leandro Figueroa, que joga pela equipe Walter Ferreti, da primeira divisão na Nicarágua.
- Supostamente há mais infectados, mas estão escondendo, provavelmente para não provocar pânico - disse o atleta ao jornal argentino.