Há pouco mais de seis meses, o mundo olha para a Venezuela com preocupação. O que ocorre no país latino-americano chegou a ser visto como o preâmbulo de tragédias vistas na Líbia, Síria e outras nações que avançaram da ditadura para um estado de guerra civil.
Em 23 de janeiro, Juan Guaidó se autoproclamou presidente do país, em clara afronta a Nicolás Maduro. O que parecia o fim rápido da experiência bolivariana, ideologia política criada por Hugo Chávez, acabou se revelando um impasse arrastado por 2019: Maduro detém ainda hoje grande apoio militar. Balança, mas não cai.
Parece que Guaidó perdeu o timing para sua revolução. O tempo joga contra ele. E, apesar de ser reconhecido pela maior parte da comunidade internacional, ele não tem o poder de fato do país nas mãos.
Neste episódio do podcast "E eu com o mundo?", converso com o analista internacional Marcelo Suano, autor do livro "Como destruir um país", no qual ele prescreve, em dose homeopáticas uma espécie de receita do chavismo para corroer a democracia. O prefácio da obra, lançada em Porto Alegre na terça-feira (6), é assinado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que foi adido militar na Venezuela.
Na conversa, traçamos o futuro da revolta venezuelana, ao mesmo tempo em que exploramos as origens do poder de Maduro, erigido em grande parte na era Chávez.
Espero que gostem.