A crise política, econômica e institucional no país de Nicolás Maduro fazem dos venezuelanos um dos maiores grupos populacionais do planeta deslocados de seu próprio país. A denúncia é do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que, nesta sexta-feira (7), divulgou dados que revelam o impressionante fluxo de saída da Venezuela.
De cerca de 695 mil no final de 2015, o número disparou para mais de 4 milhões até meados de 2019.
A Colômbia responde por cerca de 1,3 milhão dos migrantes e refugiados, seguida pelo Peru, com 768 mil, e o Chile, com 288 mil. O Brasil ocupa o quarto lugar, com 168 mil.
– Esse número alarmante evidencia a necessidade urgente de apoiar as comunidades anfitriãs desses países de acolhida – afirmou Eduardo Stein, representante especial conjunto do Acnur e da Organização Internacional das Migrações (OIM) para refugiados e migrantes venezuelanos. – Os países da América Latina e do Caribe estão fazendo sua parte para responder a essa crise sem precedentes, mas não se pode esperar que eles continuem a fazer isso sem ajuda internacional.